Para criar o ranking dos melhores estados para se viver bem no Brasil, levamos em conta dois critérios: o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o nível de segurança de cada unidade da federação.
O IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), divulgado pelo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2020), leva em consideração os fatores renda, educação e longevidade. O índice varia de 0 a 1 - quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano. Para medir o nível de segurança, usamos a taxa de homicídios por 100 mil habitantes divulgada pelo Atlas da Violência 2020 (Ipea). Quanto menor a taxa, mais seguro é o estado.
1. Distrito Federal
IDHM: 0,850
Taxa de homicídios: 17,8 por 100 mil habitantes
O Distrito Federal, unidade da federação onde está situada a capital do país, destaca-se por sua liderança em várias frentes. Além de possuir o maior IDHM do país, lidera no quesito renda e ocupa o 2º lugar em educação. Em termos de longevidade, o DF possui um dos melhores números, com expectativa de vida de 78,9 anos (a média nacional é de 76,6 anos, segundo o IBGE).
2. São Paulo
IDHM: 0,826
Taxa de homicídios: 8,2 por 100 mil habitantes
O estado de São Paulo destaca-se sobretudo em dois critérios: educação e segurança. O estado detém uma das menores taxas de analfabetismo do país: 2,6% (a média nacional é 6,6%, segundo o IBGE). Em termos de segurança pública, SP é, de longe, o mais seguro, com a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes de todo o Brasil.
3. Santa Catarina
IDHM: 0,808
Taxa de homicídios: 11,9 por 100 mil habitantes
Santa Catarina apresenta bons resultados em todos os quesitos analisados: renda, longevidade, educação e segurança. No critério segurança, Santa Catarina só perde para São Paulo. Outro destaque é a baixa taxa de analfabetismo do estado (2,3%), a segunda menor do país.
4. Minas Gerais
IDHM: 0,787
Taxa de homicídios: 16 por 100 mil habitantes
Embora o IDHM de Minas Gerais seja o 6º do país, o estado se destaca no quesito segurança pública, no qual ocupa a 3ª colocação. Outro ponto forte de Minas é o quesito renda: o estado detém o 2º lugar em IDHM renda (0,875), que mede a renda média mensal dos indivíduos residentes nos municípios do estado.
5. Paraná
IDHM: 0,792
Taxa de homicídios: 21,5 por 100 mil habitantes
O Paraná ocupa o 5º lugar no ranking geral de IDH, o que se deve sobretudo ao seu bom desempenho nos IDHM educação e longevidade. A expectativa de vida média dos paranaenses é de 77,9 anos, segundo o IBGE. O estado tem a 5ª menor taxa de analfabetismo do Brasil (4,6%).
6. Rio Grande do Sul
IDHM: 0,787
Taxa de homicídios: 23,8 por 100 mil habitantes
O Rio Grande do Sul empata com Minas Gerais em IDHM, porém é ultrapassado por este estado no quesito violência. O destaque do RS fica por conta da longevidade, critério no qual ocupa a 3ª posição. A expectativa de vida média no estado é de 78,5 anos, segundo estudo de 2019 do IBGE.
7. Rio de Janeiro
IDHM: 0,796
Taxa de homicídios: 37,6 por 100 mil habitantes
O estado do Rio de Janeiro tem o 4º maior IDHM do Brasil, porém apresenta uma das piores taxas de violência desta lista. O ponto forte dos fluminenses é a educação: o Rio ostenta a menor taxa de analfabetismo do país (2,1%) e é o 2º estado no quesito anos de estudo (10,5 anos), ficando atrás apenas do Distrito Federal.
8. Mato Grosso
IDHM: 0,774
Taxa de homicídios: 28,7 por 100 mil habitantes
O IDHM do Mato Grosso cresceu bastante: da 11ª posição em 2010 (0,725) à 7ª posição em 2020. O destaque do estado é a força do agronegócio, que faz com que seis municípios do estado façam parte da lista dos 50 municípios com maior PIB per capita do país (Produto Interno Bruto por habitante).
9. Mato Grosso do Sul
IDHM: 0,766
Taxa de homicídios: 20,8 por 100 mil habitantes
O Mato Grosso do Sul melhorou no ranking do IDH na década de 10 deste século. Passou de 0,729, em 2010, a 0,766, em 2020. Segundo dados do IBGE (Pnad Contínua 2019), o estado detém a 6ª menor taxa de analfabetismo do país (5,1%). O IDHM de longevidade também é bom: 0,748, o 7º mais alto do país.
10. Espírito Santo
IDHM: 0,772
Taxa de homicídios: 29,3 por 100 mil habitantes
Embora o Espírito Santo esteja à frente do MS no IDHM, o estado não vai tão bem no quesito violência. O destaque fica por conta da renda: segundo o IBGE, o município de Presidente Kennedy, no sul do estado, possui o maior PIB per capita do país (17 vezes mais alto que a média nacional); entre as capitais, Vitória fica em segundo lugar, atrás apenas de Brasília.
11. Goiás
IDHM: 0,769
Taxa de homicídios: 38,6 por 100 mil habitantes
Embora o IDHM de Goiás tenha crescido na década de 10 deste século (foi de 0,735 em 2010 a 0,769 em 2020), ainda há aspectos sociais que precisam ser melhorados, como a segurança. Um ponto positivo do estado é a taxa de analfabetismo de 5,1%, a 5ª mais baixa do país, ao lado do MS.
12. Tocantins
IDHM: 0,743
Taxa de homicídios: 36,7 por 100 mil habitantes
No ranking do IDHM, o melhor desempenho de Tocantins tem a ver com a renda: 0,811, resultado considerado “muito alto” nas faixas de desenvolvimento humano. Um dado interessante é que a capital Palmas concentra ¼ (26,4%) de toda a riqueza produzida no estado, seguida por Araguaína e Gurupi.
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